sexta-feira, 13 de abril de 2007
Paul Murry (1945) – Ainda Panchito e Mickey e o Coelho Quincas
O ano de 1945 marcou também a estréia de Murry na tira dominical do Tio Remus com o Coelho Quincas (Uncle Remus with Br’er Rabbit), fato que se estendeu até 1946.
Mais Panchito (1944)
Panchito (ZS 44-11-19), originalmente publicada em 19/11/1944.
Panchito (ZS 44-11-26), originalmente publicada em 26/11/1944.
Panchito (ZS 44-12-03), originalmente publicada em 03/12/1944.
Panchito (ZS 44-12-10), originalmente publicada em 10/12/1944.
Panchito (ZS 44-12-17), originalmente publicada em 17/12/1944 (scan abaixo).
Panchito (ZS 44-12-31), originalmente publicada em 31/12/1944 (scan abaixo).
O Segredo dos Fantasmas (1944)
No Brasil, a história foi publicada em quatro partes, nos PDs 94, 95 e 96 (1953), e tinha a participação de vários personagens, entre eles, além do próprio Mickey, o Pateta, o Pluto, o Coronel Cintra, a Minnie, o Horácio e a Clarabela.
Posteriormente, em agosto de 1949, a história ganhou um remake, Os Sete Fantasmas (The House of the Seven Haunts – W WDC 107-25P), com roteiro de Ted Osborne e desenhos de Dick Moores, publicado no Brasil em Mickey 5 (1953), Almanaque Disney 118 (1981) e Disney Especial 177 (1999).
As tiras do Panchito (1944)
Panchito (ZS 44-10-08), originalmente publicada em 08/Out/1944.
Panchito (ZS 44-10-15), originalmente publicada em 15/Out/1944.
Panchito (ZS 44-10-22), originalmente publicada em 22/Out/1944.
Panchito (ZS 44-10-29), originalmente publicada em 29/Out/1944 (scan abaixo).
Panchito (ZS 44-11-05), originalmente publicada em 05/Nov/1944 (scan abaixo). Panchito (ZS 44-11-12), originalmente publicada em 12/Nov/1944 (scan abaixo).
Paul Murry (1944) - Panchito e, finalmente, o Mickey
O ano de 1944 marcou, ainda, o início dos trabalhos de Murry com as tiras diárias de jornal do personagem que o tornaria famoso, o Mickey. Em 13 de novembro de 1944 começava a publicação de “The House of Mystery”, primeiro trabalho de Murry com o camundongo.
Dois não Brigam Quando um não Quer
Com ciúmes do Zé Carioca, em virtude do que ela acha ser um relacionamento deste com Dorothy Milkshalke, a Rosinha inventa um namoro com o Luís Carlos, o que irrita o Zé, que desafia o rival para um duelo, sem saber que este é instrutor de esgrima.
quinta-feira, 12 de abril de 2007
O Magnata de Lorota
O Zé Carioca, novamente finge ser um ricaço, tentando se dar bem com Miss Dorothy Milkshake, que, por sua vez, finge ser uma estrela de ópera americana.
A Raposa e o Raposo
O Zé Carioca, mais uma vez, tenta se dar bem com uma garota rica, Miss Dorothy Milkshake, estrela de ópera americana, sem saber que ela também é uma vigarista que, pensando ser o Zé um ricaço, quer dar o golpe do baú.
Mais algumas tiras com o Zé Carioca (1944)
Carioca (ZS 44-05-21), publicada originalmente em 21/05/1944.
Carioca (ZS 44-09-03), publicada originalmente em 03/09/1944 (scan abaixo).
Carioca (ZS 44-09-10), em 2 págs., publicadas originalmente em 10 e 17/09/1944 (scan abaixo).
Carioca (ZS 44-09-24), publicada originalmente em 24/09/1944.
Carioca (ZS 44-10-01), publicada originalmente em 01/10/1944.
O Grande Cavaleiro (1944)
Na história, o Zé rivaliza com Panchito na disputa por Lili Fernandes, mais uma garota rica, e acaba se envolvendo em uma corrida de cavalos, mesmo não sabendo montar.
Foram 22 sundays publicadas entre 2 de abril e 27 de agosto de 1944. Os autores foram os mesmos da aventura anterior: além dos desenhos de Murry, os roteiros ficaram a cargo de Hubie Karp e a arte-final de Dick Moores.
No Brasil, a aventura foi publicada no Zé Carioca 1001 (1971), em 3 págs., e no Zé Carioca Especial 20 Anos (1981) e na Edição de Luxo 6 (1991), ambas em 16 págs. As edições brasileiras mostraram apenas as tiras de 16 de abril de 1944 (ZS 44-04-16) a 20 de agosto de 1944 (ZS 44-08-20).
Aventura na Amazônia (1943)
Esta história foi originalmente publicada entre 12 de setembro de 1943 e 26 de março de 1944, em um total de 29 sundays. No Brasil, foi publicada em Zé Carioca Especial 20 Anos (1981) e na Edição de Luxo 6 (1991), ambas em 38 págs.
Aqui vemos o Zé de novo envolvido em confusão, pois, para agradar uma garota (Glória Horta), apresentou-se para o seu pai, o milionário Horta, como um caçador experiente e acaba tendo que servir de guia em uma expedição à Amazônia.
A história ganhou um remake no Brasil, intitulado “O Segredo dos Índios Borrachudos” (B ZC 859-B), com roteiro e desenhos de Waldyr Igayara de Souza, publicado em Zé Carioca 859 (1968).
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Paul Murry (1943) - Primeiro trabalho: As tiras de estréia do Zé Carioca
Estas tiras dominicais (sundays) foram desenhadas a quatro mãos, juntamente com Bob Grant, que as vinha desenhando desde 1942 (começaram a ser publicadas em 11 de outubro daquele ano), e Murry ficou responsável pelas publicadas entre 7 de março e 5 de setembro de 1943 (ZS 43-03-07), (ZS 43-03-14), (ZS 43-03-28) e (ZS 43-04-18 até ZS 43-09-05). Toda a história tinha um total de 48 sundays.
No Brasil, apenas as tiras desenhadas por Bob Grant foram publicadas. A participação de Murry nesta história, entretanto, permanece inédita até hoje no Brasil. A título de complementação, enquanto Bob Grant foi arte-finalizado por Karl Karpé, quem arte-finalizou o traço de Murry foi o também desenhista Dick Moores.
Fica aqui um agradecimento especial ao amigo Paulo Vasconcellos, moderador da pasta da Disney no Fórum GibiHouse, pelo auxílio prestado na identificação da participação de Grant e Murry nas primeiras histórias do papagaio.
Esclarecimento: os códigos das histórias.
Quaisquer dúvidas sobre esses códigos podem ser dirimidas clicando-se na página "Production and Story Codes" no site do I.N.D.U.C.K.S.
Por fim, quem quiser saber mais sobre este maravilhoso projeto, pode acessar a página principal do I.N.D.U.C.K.S., o Bolderbast.Inducks.org.
Paul Murry
Paul Murry nasceu em 25 de novembro de 1911, em Saint Joseph, no Estado de Missouri.
Trabalhou primeiramente como fazendeiro. Posteriormente, resolveu ser desenhista e começou a trabalhar para uma empresa de impressão em 1937. Ele foi contratado depois que o dono da empresa viu um formulário de perguntas que Murry havia enviado a um concurso, cujas bordas ele havia decorado com seus próprios desenhos. Nesse concurso ele também ganhou um piano, objeto este que financiou sua viagem a Hollywood no ano seguinte para um período de experiência num emprego na Disney.
Nessa época, os quadrinhos Disney só eram desenhados para as tiras diárias dos jornais americanos. Portanto Murry primeiro procurou emprego como animador nos filmes. Na maior parte do tempo ele trabalhou para Fred Moore, que era um dos maiores animadores da Disney, e que havia criado essencialmente o Mickey moderno. Essa é a razão principal que deu a Murry sua subseqüente ênfase em desenhar os quadrinhos do Mickey.
Além dos curta-metragens, ele também trabalhou nos longas “Pinóquio”, “Dumbo”, “Você já foi à Bahia?” e “A Canção do Sul”, todos contendo personagens que ele iria mais tarde utilizar em seus quadrinhos.
Continuando!
Contudo, ele é mais conhecido, e bem merecidamente, pelas aventuras seriadas do Mickey que desenhou para a revista Walt Disney’s Comics (and Stories) durante os anos de 1953 a 1973.
Mas, afinal, quem era Paul Murry?
terça-feira, 10 de abril de 2007
Discorrendo sobre Paul Murry!
Para a imensa maioria dos leitores de HQs, falar em quadrinhos Disney é falar em Carl Barks. E não é à toa, pois Barks é um dos maiores quadrinhistas de todos os tempos, merecendo estar na galeria dos imortais, ao lado de Will Eisner, Alex Raymond, Hal Foster, Jack Kirby, Hergé e outros poucos ícones da chamada Nona Arte. Afinal, Barks roteirizou e desenhou uma infinidade de histórias com os personagens de Patópolis, criando, além da própria cidade, personagens marcantes como o Tio Patinhas, o Prof. Pardal e o Lampadinha, a Maga Patalójika, os Irmãos Metralha, o Gastão, o Patacôncio, os Escoteiros Mirins e outros tantos.
Enfim ... Barks é indiscutível. Mas o que muita gente não sabe é que nem só de Barks vivia a Disney, nos áureos tempos. Entre tantos outros expoentes daquela editora, como Floyd Gottfredson, Tony Strobl, Al Taliaferro, Jack Bradbury, Al Hubbard e outros menos votados, há um desenhista que é conhecido apenas pelos aficcionados, mas que teve uma importância enorme para os quadrinhos Disney, especialmente para o Mickey: Paul Murry.
Muitos leitores, quando lembram do Mickey clássico, pensam logo no velho Mickey de calção vermelho, com dois botões amarelos, idealizado por Walt Disney e Ub Iwerks, mas imortalizado por Floyd Gottfredson, o Mickey das tiras de jornal e dos primeiros desenhos animados. Um breve parêntese: para a infelicidade dos fãs mais antigos, já há algum tempo os desenhistas resolveram recuperar a imagem do Mickey de calção, porém com roteiros muito fracos, transformando-o de um personagem inteligente, esperto, perspicaz e seguro de si em um bobalhão infantilóide, que consegue desagradar a todos, desde as crianças e leitores mais novos até os fãs mais antigos e exigentes. Fecha parêntese.
Mas como o assunto aqui é Paul Murry, voltemos a ele. Para inúmeros fãs da Disney em geral e do Mickey em particular, se Gottfredson deu vida e personalidade ao rato, em histórias memoráveis, como “O Vale da Morte” e “Mickey Contra o Mancha Negra” (republicadas pela Editora Abril, em Mestres Disney # 3), foi Murry quem, ao lado do veterano roteirista Carl Fallberg, melhor explorou o lado detetive do camundongo, fixando a imagem do Mickey de chapéu, terno e gravata ou, muitas vezes, de capote, ao melhor estilo 007. Ao lado de seu eterno e fiel amigo Pateta, e, por vezes, junto do Pluto, da Minnie ou dos sobrinhos Chiquinho e Francisquinho, Mickey viveu muitas aventuras ao redor do mundo, e até em outras épocas, sob a competente batuta de Fallberg e o lápis mágico de Murry.
Em toda a sua carreira, Paul Murry nunca roteirizou uma história sequer, mas seu traço é inconfundível. Para quem não conhece o estilo de Murry, uma imagem deve ter ficado gravada na mente de todos quantos leram aquelas aventuras: o Pateta com a mão à frente da boca, em uma expressão abobalhada. Aquele era o traço de Murry.
A idéia do Blog!
Por sua vez, a Editora Abril prometeu o lançamento de uma edição da série “Mestres Disney” dedicada ao desenhista. A série, infelizmente, foi cancelada antes que as bancas vissem Paul Murry de volta, em alto estilo. Como forma de compensação, a Abril começou a publicar várias histórias do autor nas páginas da revista "Aventuras Disney". É um consolo. Pequeno, entretanto, em vista da enorme produção de Murry.
Mais tarde, criei uma comunidade no Orkut, denominada “Mestre Paul Murry”, também com o objetivo de divulgar o trabalho do desenhista, mas a falta de tempo para administrá-la levou ao seu cancelamento.
Não desisti da idéia, contudo. E chegamos, assim, à criação deste blog, um local onde eu possa, sem censura, sem interferências externas, e “do meu jeito”, divulgar ainda mais o desenhista, suas criações e seu trabalho nos quadrinhos da Disney.
Minha idéia é, aos poucos, além de reproduzir (e melhorar) a matéria publicada no HQM e complementar com o texto publicado no site “The Classic Mickey Mouse of Paul Murry”, de Germund von Wowern (agradeço aqui a ajuda do amigo Arthur Faria Jr., "owner" do site “Vila Xurupita's Brazilian Covers” na tradução do texto), ir resenhando as histórias de Murry que já foram publicadas no Brasil, informando as revistas onde elas apareceram, além de relacionar aquelas que ainda são inéditas no Brasil. Quem sabe não tenhamos a sorte de vê-las, um dia, em bancas brasileiras?
Não sei se terei fôlego para tanto. Mas vamos indo, um passo de cada vez. Espero que vocês, os leitores do blog, possam curtir a viagem, tanto quanto eu estou curtindo produzir e divulgar este trabalho. Afinal, como eu disse na matéria do HQM, Paul Murry merece!